Moradores de Mogi das Cruzes que tiveram as casas afetadas pela chuva realizaram um protesto na tarde desta segunda-feira (11). Eles queimaram pneus e madeira para interditar a Avenida Japão. O trânsito no local chegou a ficar bloqueado e o motorista precisou dar uma volta para chegar ao outro lado da via.
A interdição foi na altura do Oropó. A Polícia Militar foi chamada. Logo depois veio o Corpo de Bombeiros, que apagou o fogo e tirou o bloqueio do asfalto com enxadas e mangueira.
A empregada doméstica Cibele Silveira Gomes disse que saiu para trabalhar e deixou a casa alagada. “Eu cheguei no serviço e o meu patrão mandou eu voltar, porque eu tenho criança pequena”, diz.
A manifestação durou quase duas horas. Nenhum representante da PM quis gravar entrevista, mas o protesto foi controlado de forma pacífica.
“O que nós queremos é que o poder público, a prefeitura acionem o Daee, porque dizem eles que são responsáveis pelos rios e córregos da nossa região”, diz o técnico em hidráulica Alexandre Dias Corrêa.
Vários bairros dessa região encheram d’água na madrugada. Durante a tarde, no Jardim Layr dava para ver um córrego que corta a Avenida Japão bem cheio. Uma família passou o dia limpando os estragos.
“A porta empenou, o guarda-roupa estragou. A estante que comprou não tem nem um ano estragou também. O guarda-roupa do meu irmão e a cama nova da criança também estragou. Um prejuízo enorme”, diz o auxiliar administrativo Danilo da Silva Teixeira.
No Oropó várias casas alagadas também. Muita gente saiu de casa, outros nem conseguiram tirar o carro da garagem. A água chegou na porta de alguns. O auxiliar de limpeza José Silva Filho foi obrigado a sair de casa.
“Fui só querer pegar a geladeira e colocar para cima. Não deu tempo nem de pegar outras coisas. Foi tudo atingido pela água”, disse.
A Defesa Civil de Mogi das Cruzes disse que os bairros mostrados na reportagem fazem parte do monitoramento das equipes e que o trabalho foi reforçado por causa do grande volume de chuva.
A Prefeitura de Mogi colocou escolas das regiões mais atingidas, de prontidão para receber as famílias que precisem de abrigo. São as escolas municipais Vereadora Astréa Barral Nébias, em Jundiapeba e a Florisa Faustino Pinto, no Oropó.
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