O Ministério Público afirmou nesta terça-feira (12/03), dois dias antes do brutal assassinato da vereadora negra do Rio de Janeiro no ano passado, completar um ano que, a barbárie contra Marielle foi golpe ao Estado Democrático de Direito.
Para o MP, Marielle sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia, Marielle era ativista dos direitos humanos, das mulheres, negros e LGBTs e representava os 46 mil votos que obteve nas eleições de 2016. Ela também lutava contra a violência policial na cidade carioca.
Uma operação conjunta do MP, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e da Polícia Civil prendeu os dois suspeitos de matar a vereadora e seu motorista.
Ronie Lessa, policial militar reformado, e Elcio Vieira de Queiroz, expulso da Polícia Militar, foram denunciados por homicídio qualificado e por tentativa de homicídio de Fernanda Chaves.
O assassinato de Marielle Franco, mulher, negra, lésbica, da comunidade, ativista, vereadora eleita na segunda maior cidade do Brasil, não é mais um caso na crônica da violência urbana nas grandes cidades brasileiras. Trata-se de um crime político que tem como alvo não apenas Marielle, mas todo um movimento de politização, resistência, cidadania e empoderamento de mulheres negras. Mulheres que ousaram estudar e levantar a voz contra a opressão estrutural baseada em raça, classe, gênero e orientação e identidade sexual.
De acordo com o Atlas da Violência 2018, 4.645 mulheres foram assassinadas no país em 2016, o que representa uma taxa de 4,5 homicídios para cada 100 mil brasileiras. Os dados revelam o peso do racismo estrutural nos altos índices de violência contra as mulheres: a taxa de homicídios é maior entre as mulheres negras (5,3) do que entre as não-negras (3,1) — uma diferença de 71%.
Mas, até quando? Quantas Marielles precisarão ser sacrificadas? Milhares de outras vozes gritam indignadas por justiça. Genocídio, feminicídio, brutalidades, chacinas…
Agora, começa a JUSTIÇA para que sua voz jamais se cale…
Luiz Eduardo Oliveira Alves, o Edinho do Kemel, é vereador pelo Podemos em Poá, presidente do partido na cidade, do Podemos Afro Estadual e está em seu segundo mandato no Legislativo.
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