Com o objetivo de prevenir e reduzir o número de casos e mortes por meningite, que acontecem todos os anos na cidade, o vereador Diego de Amorim Martins (MDB), o Diegão, fez uma indicação à Prefeitura de Mogi das Cruzes para que adquira e forneça à população vacinas contra os tipos A, B, W e Y da doença. Isso porque a dose contra a meningite C já faz parte do calendário de vacinação nacional e vem sendo fornecida a determinadas faixas etárias, desde 2010, nos postos de saúde do município e de todo o país.
Na indicação, apresentada na sessão ordinária de hoje (20), o vereador expôs que a intenção é evitar um eventual surto de meningite e zelar pela saúde dos munícipes. Diegão apresentou ainda na ocasião uma moção de apelo ao Governo Federal, responsável pela compra e distribuição das vacinas no Brasil, para que invista em pesquisa e na criação de laboratórios, para que o Brasil possa produzir as próprias vacinas, não ficando, deste modo, dependente da indústria farmacêutica internacional. “A vacina contra a meningite do tipo C já é disponibilizada na rede pública, desde 2010, para crianças, mas, como foi introduzida recentemente no esquema de vacinação nacional, até os 14 anos, quem ainda não tomou, pode tomar em dose única, e muita gente não sabe disso. No final do ano passado e começo deste ano, soube também que faltaram doses nos postos de saúde de Mogi, mas agora parece que já está normalizado”, ressaltou Diegão.
Ocorre que as vacinas contra os tipos A, B, W e Y da meningite só são fornecidas nas clínicas de vacinação particulares e por um alto custo, o que se torna inviável para a maioria da população, acrescentou o vereador. Por esse motivo, ele pede que a Prefeitura estude a possibilidade de investir nessa questão, já que via Ministério da Saúde a iniciativa seria mais demorada e burocrática para ser viabilizada.
Dados da Vigilância Epidemiológica de Mogi indicam que em 2018 houve no município 72 casos de meningite, sendo 3 por meningococo, 4 por pneumococo, 51 casos virais sem identificação do tipo, 13 casos por agentes não especificados, resultando em 7 óbitos (2 por meningococo, 2 por pneumococo e 3 por outros agentes) e vitimando 6 adultos com idades entre 32 e 84 anos e um adolescente de 14 anos contaminado por meningococo C. “Achei importante fazer essa moção de apelo e essa indicação. A vida não tem preço”, pontuou Diegão.