Uma família ficou desabrigada após uma árvore cair e destruir a casa onde moravam em Mongaguá, no litoral de São Paulo. A moradora Andreza Carla da Silva, de 30 anos, e sua filha Evellyn, de 7, sofreram cortes e hematomas após ficarem soterradas nos escombros da residência. O outro filho da mulher, Everton, de 11 anos, e outros familiares que estavam na casa saíram ilesos.
O incidente ocorreu em uma casa localizada na Avenida Monteiro Lobato, no bairro Jussara. De acordo com Andreza, ela e os filhos haviam chegado de um culto, por volta das 22h40, no momento em que a árvore caiu. Everton e Evellyn estavam em um dos quartos do imóvel e Andreza estava na sala de estar quando sentiu o impacto do telhado sobre a própria cabeça.
“Não deu tempo de pensar, só ouvi o barulho e senti o telhado caindo na minha cabeça e ficou tudo escuro. A árvore caiu e destruiu o telhado, derrubando tudo, telhas, paredes, destruiu tudo. Não conseguimos tirar nada de lá, nem roupas e nem documentos, saímos com só com a roupa do corpo”, afirma Andreza.
De acordo com a vítima, ela havia solicitado, junto à Defesa Civil de Mongaguá, que a árvore fosse retirada, mas não obteve resposta. “Eu pedi duas vezes para que tirassem essa árvore, ela estava podre. Eles vieram, tiraram fotos e não me deram nenhum prazo, não falaram nada”.
“Toda vez que chovia, alguns galhos caíam. Cheguei a ficar com a casa destelhada, tive que morar de favor por um tempo. Até que meu irmão veio, ajudou a podar a árvore, arrumamos o telhado e voltamos a morar lá, eu, meus filhos e meu irmão com a esposa e os três filhos”, relata a moradora.
Andreza afirma que o filho conseguiu escapar da queda, mas que as outras crianças ficaram presas no quarto após a árvore derrubar o telhado. “O Everton estava na porta e conseguiu correr quando viu que a árvore estava caindo, já três das meninas ficaram presas no quarto, sem conseguir sair. Meu irmão acordou na hora, e eles começaram a tirar os blocos de cima de mim e ajudar as meninas a sair de casa”.
“Eu senti um alívio quando vi meu filho bem, mas entrei em desespero quando pensei na minha filha, em como ela poderia estar. Só consegui ficar mais aliviada depois de ligar para o meu pastor e ele dizer que ela estava bem. Foi um livramento de Deus nas nossas vidas por não ter acontecido uma desgraça maior”, desabafa Andreza.
Ela e a filha tiveram ferimentos leves por conta da queda da árvore. A mãe sofreu um corte e levou nove pontos na cabeça. Já Evellyn precisou levar três pontos no nariz, além de sofrer com os hematomas. A família, que não teve como retirar os pertences do imóvel, agora vive nos fundos da casa de familiares.
Andreza afirma que aguarda uma posição da Defesa Civil municipal sobre o encaminhamento do imóvel. “Eles interditaram a casa na sexta-feira (26) e nós não podemos entrar lá. Eu só queria que demolissem e liberassem para eu poder pegar os documentos, pelo menos, e depois construir de novo. Mas pelo menos estamos juntos e bem, apesar do susto”.