institucional, contínua e efetiva, políticas de saúde na Segurança Pública. Todavia, imperioso que se tenha em mente que tais providências não devem ter como norte, tão somente, a remediação, mas, sim, a prevenção por meio de assistência à saúde física (alimentação, sono, condição orgânica), mental (desmistificação e combate ao estigma do policial invulnerável), social (fortalecimento das relações familiares), ambiental (moradia, transporte, remuneração adequada) e institucional (infraestrutura de trabalho) destes profissionais.
Este é um desafio que lanço aos atuais governantes. Quem cuida, afinal, também precisa de cuidados. Quem protege precisa também ser protegido. E esta prerrogativa é de quem responde pela operação das forças de segurança de nosso País. É preciso que se invista nesta frente e, sobretudo, admitir essa necessidade. É preciso, em suma, coragem.
* Jacqueline Valadares é delegada de Polícia; pós-graduada em Direito Penal, em Processo Penal, e em Inteligência Policial; especialista em Defesa da Mulher; e presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) | Triênio 2022-2025.