“Ela sofreu nas mãos daquele monstro desde os 13 anos. Foram oito longos anos de um sofrimento sem medida. Ela viveu um tormento”. O relato carregado de dor e pesar é de uma tia materna de Poliana da Silva de Oliveira, de 24 anos, assassinada a tiros pelo próprio pai, Antônio Marcos Pereira de Oliveira, de 45 anos, no município de Galvão, no Oeste de Santa Catarina.
O crime brutal ocorreu na manhã da última segunda-feira (1º), no Centro do município, localizado a 108 quilômetros de Chapecó, a maior cidade da região. O esposo de Poliana, Ewerton Bet de Oliveira, de 30 anos, também morreu. Ele chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a tia, que preferiu não se identificar, a irmã [mãe de Poliana] sofreu as mesmas agressões e abusos que a filha e precisou fugir para se livrar de Antônio. O homem apareceu apenas quando a menina tinha 12 anos.
L“Conquistou a confiança e ela quis morar com ele, mesmo a família falando que ele era mal. Com o tempo percebemos — e achamos estranho — que ele afastou ela de todos os familiares do lado da mãe. Por ele ser violento, ninguém quis se impor”, recorda.