Peña é economista e faz parte do partido Colorado, que governou o país quase ininterruptamente nas últimas sete décadas
O candidato Santiago Peña lidera a corrida à presidência do Paraguai com ampla vantagem, segundo resultados preliminares, e será o novo presidente do país.
Com 95% dos votos processados, Peña, do conservador Partido Colorado, vencer seu opositor Efraín Alegre, do Partido Liberal Radical Autêntico, com quem dividia um empate técnico nas últimas pesquisas de intenção de voto.
“Obrigado a quem nos deu seus sonhos, confiou neste projeto, depositou suas esperanças para que possamos ser melhores, e vamos ser melhores”, disse Peña, que assumirá o cargo no dia 15 de agosto.
“Depois de anos de estagnação econômica, déficit fiscal elevado, taxa de desemprego elevada, aumento da pobreza extrema, não é só trabalho para uma pessoa ou um partido. Por isso apelo à união e ao consenso, à prosperidade sem exclusões”, acrescentou.
No Paraguai, as eleições são definidas em turno único, o voto é obrigatório e a reeleição não é permitida, por isso o atual presidente, Mario Abdo, não pôde concorrer a um novo mandato de cinco anos.
“Parabéns ao povo paraguaio por sua grande participação neste dia de eleição e ao presidente eleito Santiago Peña. Trabalharemos para iniciar uma transição ordenada e transparente que fortaleça nossas instituições e a democracia do país”, escreveu Abdo no Twitter.
Quem é Santiago Peña
Santiago Peña tem 44 anos e nasceu na capital do país, Assunção.
Até 2015, Peña era um estranho na política nacional. Economista pela Universidade Católica de Assunção, onde lecionou Teoria Financeira e Teoria Econômica, ele viajou para os Estados Unidos para fazer mestrado em Administração Pública na Columbia University, em Nova York, no ano de 2001.
Ele integrou a equipe do FMI (Fundo Monetário Internacional) em Washington em 2009, onde dirigiu a ligação do órgão com a África. “Naqueles anos, o potencial que vi de fora para o meu país gerou um grande impacto em mim”, disse ele a repórteres antes das eleições internas do partido.