Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) possuir enunciado, em maio deste ano, o cândido da surgimento de saúde pública provocada pela covid-19, os efeitos indiretos da pandemia devem proceder sendo monitorados, no que se referem ao acréscimo de casos de suicídio. Essa é a teoria defendida por pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane da Fundação Oswaldo Cruz no Amazonas (ILMD/Fiocruz Amazônia), neste 10 de setembro, Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.
Com esteio em dados de letalidade do Ministério da Saúde, o epidemiologista Jesem Orellana, o alienista Maximiliano Ponte, da Fiocruz Ceará, e o cientista sênior da Fiocruz Amazônia Bernardo Lessa Horta se propuseram a averiguar a acontecimento de casos de suicídios no nação durante as fases mais críticas da pandemia.
Eles identificaram uno número maior que o esperado – com esteio em médias históricas – nas faixas de época a zarpar dos 30 anos, sobretudo em mulheres das regiões Norte e Nordeste. O análise Excess Suicides in Brazil during the First Two Years of the Covid-19 Pandemic: Gender, Regional and Age Group Inequalities (Excesso de Suicídios no Brasil nos Dois Primeiros Anos da Pandemia de Covid-19: Desigualdades de Gênero, Regionais e de Faixas Etárias) foi espargido no International Journal of Social Psychiatry, tradicional periódico no plaino da psiquiatria civil.
Mulheres
Entre março de 2020 – fenda da pandemia no Brasil – e fevereiro de 2022, os pesquisadores identificaram tapume de 30 milénio casos no nação. Até portanto, número incluído do esperado. Porém, no segundo ano do análise (março de 2021 a fevereiro de 2022), o cenário teve pontos críticos. “Houve 28% de suicídios além do esperado em mulheres com 60 anos ou mais da região Sudeste, bem como 32% e 61% de suicídios além do esperado em mulheres na faixa de 30 a 59 anos das regiões Norte e Nordeste, respectivamente.”
Além disso, a investigação aponta que, entre os meses de julho e outubro de 2021, registrou-se o “alarmante excesso de suicídios de 83% em mulheres com 60 anos e mais do Nordeste”.
O análise reforça que países severamente atingidos pelos efeitos diretos da pandemia, uma vez que o Brasil – onde houve mais de 700 milénio mortes – foram mais propensos aos efeitos indiretos a cerca de outras causas de falecimento, uma vez que o suicídio.
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicado em julho, revelam que, em 2022, o Brasil teve 16,2 milénio casos de suicídios, uma média de 44 por dia. Em 2021, tinham sido 14,4 milénio, uno propagação de quase 12%.
“Infelizmente, nosso estudo mostrou um agravamento do problema, sobretudo entre as mulheres”, lamenta Orellana, que é igualmente director do Laboratório de Modelagem em Estatística, Geoprocessamento e Epidemiologia da Fiocruz Amazônia.
Acompanhamento de casos
Para o cientista, monitorar os casos, identificar as segmentações de época, gênero e regiões fazem parcela de uno bloco de estratégias de enfrentamento do cenário. “Um dos primeiros passos é monitorar adequadamente o problema, pois o desafio da subnotificação, especialmente em regiões menos desenvolvidas, limita o alcance de políticas públicas adequadas à sua prevenção, justamente entre os mais vulneráveis”, disse à Agência Brasil.
De harmonia com o análise espargido na vistoria internacional, o indumento de o Brasil possuir tido uno número tanto espaçoso de mortes por covid-19 e outros danos materiais e imateriais fazem que efeitos devastadores da pandemia jamais tenham ficado totalmente para trás.
“É fundamental que trabalhadores de saúde, pesquisadores, população em geral, gestores e tomadores de decisão não apenas sigam monitorando os possíveis efeitos residuais da pandemia sobre os suicídios e se preparando para novas emergências sanitárias, como também promovam o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial”, guarda.
Acolhimento
A Rede de Atenção Psicossocial corresponde a uno bloco articulado de diferentes pontos de gentileza à saúde, no contextura do Sistema Nunes de Saúde (SUS), com foco em protecção e trato de pessoas com transtorno mental e/ou dependências químicas.
“Em termos de atenção psicossocial, é crucial a ampliação de estratégias que integrem e envolvam não apenas vítimas em potencial e pessoas do entorno, mas diferentes atores da sociedade civil organizada, tomadores de decisão, trabalhadores de saúde e comunidade”, observa Orellana.
Na ficção do cientista, a agremiação deve possuir parcela ativa no enfrentamento do problema.
“É rigoroso avultar a contenda do problema adjunto à agremiação, pois mitos, tabus e até mesmo visões preconceituosas ou pouco empáticas acabam agravando o problema”, aponta. “Neste facto, processos de escuta ativa e o congratulação de mostras que indicam procedimento ou aptidão ao suicídio são cruciais, assim uma vez que delimitar métodos que oportunizam a autoagressão mortal, uma vez que armas de lume”, conclui.
A apreciação do cientista a cerca de a influência de “quebrar o silêncio” para acautelar casos de suicídio faz coro a outros especialistas, uma vez que já mostrou reportagem da Agência Brasil.
Setembro Amarelo
Estamos em referto Setembro Amarelo, mês mormente devotado à precaução do suicídio. Um dos objetivos da ação é amplificar a conscientização a cerca de mostras de que uma criatura pensa em afastar a própria bibiografia. A Agência Brasil aponta alguns indícios, segundo a campanha:
– Expressão de ideias ou de intenções suicidas;
– Publicações nas redes sociais com teor negativista ou participação em grupos virtuais que incentivem o suicídio ou outros comportamentos associados;
– Isolamento e distanciamento da qualidade, dos amigos e dos grupos sociais, particularmente essencial se a criatura apresentava uma bibiografia civil ativa;
– Atitudes perigosas que jamais necessariamente podem estar associadas ao anseio de falecimento (reger perigosamente, ingerir descontroladamente, brigas constantes, agressividade, impulsividade, etc.);
– Ausência ou desleixo de planos;
– Forma desinteressada uma vez que a criatura está lidando com qualquer facto estressor (acidente, desemprego, falência, secessão dos pais, falecimento de alguém amado);
– Despedidas (“acho que no próximo Natal não estarei aqui com vocês”, ligações com conotação de despedida, partilhar os bens pessoais);
– Colocar os assuntos em processo, realizar uno testamento, dadivar ou entregar os bens;
– Queixas contínuas de sintomas uma vez que desconforto, tortura, privação de prazer ou acepção de bibiografia;
– Qualquer moléstia psiquiátrica jamais tratada (quadros psicóticos, transtornos alimentares e os transtornos afetivos de humor).
Obter socorro
Entre os profissionais que tratam de saúde mental e instituições especialistas em precaução ao suicídio, é unânime a teoria de catar (ou aconselhar) socorro específica continuamente que sentir pobreza de protecção (ou depreender que alguém precisa). Veja alguns canais de protecção:
– Centro de Valorização da Vida (CVV), realiza esteio emocional e precaução do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam legar, debaixo de totalidade segredo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias.
– Mapa da Saúde Mental, que traz uma relação de locais de atendimento voluntário online e presencial em todo nação.
– Pode Falar, uno ducto lançado lã Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de socorro em saúde mental para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. Funciona de feitio anônima e gratuita, indicando materiais de esteio e emprego.