Neste 6 de novembro, a Assembleia Geral da ONU realizará uma reunião plenária informal para discutir a situação da Agência das Nações Unidas para Assistência a Refugiados Palestinos, Unrwa.

O presidente da Assembleia, Philémon Yang, enviou uma carta aos países-membros da ONU após o encontro ter sido solicitado pela Mauritânia, que ocupa a liderança do Grupo Árabe.

O comissário-geral da Unrwa, Philippe Lazzarini

O comissário-geral da Unrwa, Philippe Lazzarini

Parlamento de Israel suspendeu atuação da agência

O comissário-geral da Unrwa, Philippe Lazzarini, estará presente no encontro e responderá perguntas sobre o futuro da agência após o Parlamento de Israel, Knesset, ter decidido suspender a operação da Unrwa em até 90 dias.

Na carta, o presidente da Assembleia Geral disse que não haverá uma lista de oradores pré-determinada e que cada país-membro poderá pedir a palavra durante o encontro.

A decisão israelense de proibir a agência da ONU foi criticada por várias partes da organização incluindo o Conselho de Segurança e o secretário-geral, António Guterres, que escreveu ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre o tema.

Aspirações do povo palestino

O encontro na Assembleia Geral ocorre após o próprio chefe da Unrwa, Philippe Lazzarini, pedir ajuda ao órgão numa carta .

Nela, Lazzarini explica que “os ataques à agência promovem “mudanças unilaterais nos parâmetros de qualquer solução política futura para o conflito israelense-palestino e prejudicam o direito à autodeterminação e as aspirações dos palestinos”.

Israel afirma que o mandato da Unrwa deve acabar porque a agência estaria atuando contra os interesses e segurança do país. Desde 7 de outubro de 2023 quando o movimento Hamas, que controla a Faixa de Gaza, atacou Israel, houve várias acusações de que funcionários da Unrwa “estariam envolvidos” direta ou indiretamente com o ataque.

A Unrwa continua a oferecer apoio às pessoas em Gaza

A Unrwa continua a oferecer apoio às pessoas em Gaza

Mandato da Unrwa foi conferido pela Assembleia Geral

A ONU lançou duas investigações para apurar as denúncias e afastou alguns funcionários acusados. Muitas acusações permanecem sem provas.

O embaixador da Mauritânia na ONU, que ocupa a liderança rotativa do Grupo Árabe, Sidi Mohamed Laghdaf, disse que a medida do Parlamento israelense de proibir o trabalho da Unrwa representa um “ataque físico, político e operacional, que viola a Carta da ONU.”

O mandato da Unrwa foi conferido pela Assembleia Geral. 

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Com informações da ONU

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