Segundo o líder da Convenção da ONU sobre o tema, Simon Stiell, a meta é sair do Azerbaijão em 14 dias com um acordo ambicioso de financiamento climático crucial para o bem-estar de todas as nações, “incluindo as mais ricas e poderosas.”
2024, ano mais quente já registrado?
A Organização Meteorológica Mundial, OMM, alertou na véspera da abertura da COP29, que 2024 está no caminho de ser tornar o ano mais quente da história desde o início dos registros. Mas a tendência não é repentina.
Desde 2015, quando o Acordo de Paris foi adotado, até agora, o aquecimento se dá gradativamente marcando a década mais quente já registrada, com uma perda acelerada de gelo glacial, elevação do nível do mar e aquecimento dos oceanos.
A ONU News conversou com a ex-presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas e integrante da Comissão Internacional de Conselheiros da COP29, María Fernanda Espinosa. Para ela, o sucesso nessa Conferência é fundamental para fortalecer as bases e o resultado da COP30, que ocorrerá em Belém do Pará, no Brasil.
COP30 será especial e empoderará grupos indígenas e mulheres
Para ela, o primeiro aspecto especial da COP30, “é a magia de o encontro acontecer num lugar que é o coração da Amazônia, em Belém do Pará, no Brasil.” María Fernanda Espinosa que é especialista em Amazônia e trabalhou com mulheres indígenas na floresta equatoriana, acredita que a COP30 vai destacar e reforçar temas como conservação da grande joia que é a Amazônia, mas também de comunidades indígenas, de mulheres” e outros assuntos tão próprios de quem vive na floresta e da floresta.
Cheias na Espanha: não há mais tempo a perder
Segundo Espinosa, o sucesso da COP29 na busca por um mecanismo qualitativo e quantitativo para o financiamento da transição energética e para implementar planos de ações nacionais será fundamental para o êxito da COP30, no Brasil.
Ela lembra que as emergências climáticas estão aumentando e se tornando mais atípicas e frequentes.
A ex-presidente da Assembleia Geral citou o caso das cheias em Valência, na Espanha, e outras partes do mundo como uma prova de que não há mais tempo a perder para reduzir as emissões de CO2 e implementar o Acordo de Paris.
Para María Fernanda Espinosa, os negociadores dos países-membros da ONU, representantes da sociedade civil, de movimentos indígenas e dos setores públicos e privados têm o papel de adiantar o trabalho agora para chegarem a Belém do Pará com “pé firme” rumo à ação climática que promova um planeta saudável e sustentável para todos.
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Com informações da ONU