5 de novembro de 2024 Evento, que terá início na próxima sexta-feira (08), faz parte da programação FLID e contará com obras de artistas locais e estudantes da rede municipal

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O bestseller ‘Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada’, de Carolina Maria de Jesus, livro autobiográfico em que a autora relata, de maneira direta, mas poética, suas vivências como mãe em uma comunidade de São Paulo nos anos 1960, será tema de exposição no Centro Cultural Diadema – Espaço Cândido Portinari. A abertura da atração, gratuita e que contará com trabalhos de artistas locais e de estudantes da rede municipal, será dia 8 de novembro, às 18h50.

A exposição, de nome ‘Fragmentos de Carolina: Realidades Invisíveis’, é parte da programação da 3ª edição FLID (Feira Literária de Diadema), que acontece de 8 a 11 de novembro e prevê debates, conferências, lançamento de livros, contação de histórias e a participação de muitos autores. Acompanha a programação completa aqui.

Neste ano, a FLID é parte da Festa da Kizomba, evento criado pela Administração Municipal para valorizar a cultura e história da população negra do país.

‘Fragmentos de Carolina’ estará aberta para visitação até 05 de dezembro e conta com um acervo variado, inclusive com trabalhos de estudantes do 1° ao 5° ano do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal. Entre os trabalhos, esculturas, maquetes, poesias, travesseiros decorados e outros objetos, produzidos desde outubro especialmente para a exposição.

Os trabalhos dos estudantes, e essa valorização da cultura e lutas da população negra, também são resultado do Programa Diadema de Dandara e Piatã, iniciativa presente nas escolas da rede municipal em que esses temas são abordados de forma sistemática por professores formados na área.

William de Lima Teodoro, multiartista e curador da exposição, fala sobre a importância de incluir os alunos da rede nessa homenagem à Carolina. “Isso tem um enorme valor educacional e cultural. Carolina foi uma figura de resistência e voz da periferia, e suas obras, como ‘Quarto de Despejo’, retratam a dura realidade das favelas e a luta contra a marginalização e o racismo estrutural, afirma. “Ao estudar sua vida e obra, os alunos entram em contato com questões de desigualdade, exclusão social e as dificuldades da população negra e periférica, temas que muitas vezes fazem parte de suas próprias vivências”, avalia o curador.
Ainda segundo Teodoro, a homenagem “incentiva a autoestima dos estudantes negros e o reconhecimento da cultura negra como parte fundamental da história e da identidade brasileira.”

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Texto: Alexandre Postigo

Fotos: divulgação

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