Após mais de 15 dias, pré-candidato a prefeito Saulo Souza é o único a se manifestar sobre investigação de fraudes em licitações na região

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Mandados de busca e apreensão da operação realizada pelo GAECO foram cumpridos também na Prefeitura de Poá

Passadas duas semanas desde o início da Operação Munditia, que culminou na prisão de vereadores do Alto Tietê e na apreensão de documentos em diversas prefeituras da região, incluindo Poá, o Ministério Público (MP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), segue investigando supostas fraudes em licitações realizadas pelas administrações municipais para favorecimento de empresas ligadas ao PCC. Durante esse período, grande parte das autoridades poaenses e dos pré-candidatos optou pelo silêncio e não se manifestou sobre o assunto, que ganhou repercussão nacional.
Criada para desarticular um grupo criminoso associado ao PCC, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão em 42 endereços e de prisão contra temporária contra 15 pessoas, todos expedidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos. Entre os detidos estavam o vereador Flavio Batista de Souza (Podemos), o Inha, de Ferraz de Vasconcelos, e Luiz Carlos Alves Dias (MDB), de Santa Isabel.
A investigação interceptou, entre outras coisas, a troca de mensagens que revelam suposto acordo de propina entre Inha, que foi presidente da Câmara de Ferraz até dezembro de 2022, e o empresário Vagner Borges Dias, conhecido como Latrell Brito, que segue foragido. Já em Poá, conforme a Reportagem apurou, foram apreendidos documentos, como contratos e editais.
Apesar da operação ter levantado denúncias importantes envolvendo diversas prefeituras, poucas manifestações foram feitas por parte de agentes públicos, prefeitos e vereadores do Alto Tietê. Em Poá, somente o presidente do diretório municipal do Partido Progressistas (PP) e pré-candidato a prefeito Saulo Souza se manifestou publicamente nas redes sociais sobre a investigação.
Em um vídeo postado em seu perfil, ele destaca a má gestão de recursos públicos. “Estamos acompanhando com perplexidade toda essa grande investigação relacionada a atuação de grupos criminosos em Câmaras e Prefeituras da região, inclusive Poá. Diante disso uma constatação é inevitável, nunca foi sobre falta de dinheiro, mas sim a forma como os recursos públicos são administrados. E essa é nossa luta, para que Poá tenha um novo tempo, um novo ciclo de mudança e de transformação”, declarou.

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